Lobo segue na neve
com o focinho gelado
enfiado no frio.
Tem fome e solidão
frio e mais chão.
Passou pela cidade
Na margem de seus rios
tentou pescar
Um peixe molhado e
fresco
Mas o homem já os
tinha ido pegar.
Ouviu tiros e gritos
e foices para o ar.
Num pinote da cidade
ele saiu
Ou o facão sua
garganta ia provar.
Então correu pela neve
a cidade se foi
o lobo com frio
e a fome de um boi.
Agora na neve perdido
Nem seu focinho mais
sente
Por um tiro foi feriado
Na pata a dor latente.
Arfa e arfa, seu pulmão
se congela
Na neve ele se arrasta
o lobo da floresta.
E em seus últimos
suspiros
o lobo viu se aproximar
um dos homens do rio, pois bem:
"Vá pra puta
que o pariu"
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