Ao rir lembrarei-me de
florestas nórdicas calmas
Ao rir recordarei-me
das flores banhadas pelo Sol e os insetos que dela vivem
Ao rir minha cabeça me
levará para a Belle Époque
Aonde há divertimento
com os pensadores e nos cabarés, com cantores e a bebida
E será fruto das mais
maravilhosas obras de poesia.
Ao rir irei esquecer.
Às minhas gargalhadas,
outros gargalharão junto
As piadas farão todos
ludibriarem-se consigo mesmos
Irão rir, irei rir
Lembrarei de rir e os
risos me levarão para os lugares mais seguros de mim mesmo
Máscaras jocosas para
rituais de esquecimento de seus olhos
E ao rir irei para
sonhos tranquilos.
Ao riso irei lembrar-me
dos teu afagos que nunca tive
E que outros tiveram
aos montes
Irei futucar cantos
obscuros de minha mente
Atrás de motivos para
rir por horas
Talvez desabar de tanto
rir e minha barriga doer tanto quanto o resto de mim por dentro
E ao rir, rirei para
esquecer
Esquecer de você.
Vou rir e sorrir e
fazer rir
Porque assim eu
continuarei eternamente
Inquebrável.
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