quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A virada de Ravi Shankar.


Mantras, graves
Tablas
a base para as cordas reverberarem o agudo,
místicas
vozes femininas numa língua estranha para mim
o som da concentração em túneis simétricos da
Cultura Oriental.
Os solos sagrados tremem perante o som maestral da Cítara.
As batidas duelam com as vibrações das cordas e a
Música
é como uma jornada por dentro de si mesmo e sua concentração e percepção
aguçam-se.

Sentado de cócoras,
os dedos pra frente e para trás, atacando as cordas com gentileza
as vozes femininas continuam em sua língua mística
a Cítara é o maior presente do Oriente.

Mantras
Mantras
Mantras
Mantras

Uhhhhhhhhhhhh, Huuuuuuuuum, Aaaaahuuuuuum
Péon, péon, póun, póunnnnnnnn....

Violinos.
O encontro dos dois lados.
Tablas. Aplausos.

O mestre dos sons místicos do Oriente se foi.
O mantra final é um dos mais belos e únicos em toda a Terra.
A Cítara foi cercada de flores.
Silêncio.

Óuuuuuunnnn....

Nenhum comentário:

Postar um comentário