terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um domingo na cidade


Caminhos estranhamentos tortos e irreconhecíveis
para nós, estranhos e estranhas
nossas cabeças enroladas
no barulho
na fumaça
no luto eterno que é o
domingo, dia de criança jogar biriba e
velho jogando bingo..

A tarde cai o cinza não,
me sinto em uma Liverpool fodido pelo rabo
Andamos e Andamos e Andamos
e depois sobe
               sobe
                sobe
e depois anda e anda e anda
e anda
e a noite se revela com seu belo luar
                                                        [não se esqueça da participação so Sol]

e os caixas não funcionam ou
não existem ou não era para arranjarmos uma grana naquele domingo
e devíamos ter ficado em casa, e anda e anda e anda
um dois três quatro
Tcharããã
CASH

e anda e anda e anda e anda
rápido e mais ráido
meu tênis fodendo meu pé e suas
                                   bolhas bolhas bubbles
                                                              ploc

E anda e anda e desce e
e desce e desce e vira
e desce
                          Veneno Veneno Veneno Veneno
                          árvores aves Terra crepúsculo
sobe mais
anda mais; Veneno
e mais; Veneno
foda-se; Veneno

dois envenados por essa proximidade de novas portas de conhecimento uni-universal e com os nossos corpos moídos

e tudo por ter errado o maldito ônibus.

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