A noite na cidade me
mostra as luzes púrpuras
e os drinks caríssimos
enquanto madames
desfilam nos bares com seus brotos
e as pessoas não se
entendem
ou fingem se entender.
Olho para a rua e tudo
corre, eu corro
o tempo corre como
sempre correu o tempo todo
Sua cara e a minha não
são olhadas,
nos arrumamos e
esperamos pessoas em seus espelhos
pra nada.
No final a líbido
falará mais alto do que qualquer ideia que tiver.
O suor escorre pelo meu
rosto e por todo meu corpo
enquanto andamos no
escuro, batendo os pés
criando bolhas nos
dedos calejados
com as cascas fracas
que nos impedem de evoluir naturalmente.
Como os moradores da
selva.
E os que habitam sua
versão humanizada
de pura pedra.
Cores passam como jatos
por mim
confundem meu
discernimento do real
e está se tornando
constante em mim.
Como se o ver natural
fosse lisergia
somado com minha pulsão
de morte
diária &
há sons em minha
cabeça
campainhas, nomes,
pessoas aqui e lá
e as coisas são tão
confusas quanto sempre
hão de ser
para mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário