segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ego sou a escória.


Quando você quer, as coisas não saem.
Quando você pensa, elas não acontecem.
Quando você age, acontecem de forma errada.
Assim que você abre os ouvidos eles são entupidos de merda.
Seus olhos são completamente danificados pelo mundo.
Sua boca é linda quando fechada.

Você, parado no seu lugar
no seu silêncio dos seus pensamentos mais sem futuro.
Você no torpor das suas mais inimagináveis fantasias.
Você com a crise da meia idade que virá com tudo aos 40-50.
Você caminhando um longo e árduo caminho
cheio de detritos alheios
moles e cheios de moscas pelo Sol escaldante da estrada,
prontos para que você enfie seu pé até o talo
e arraste os dejetos o caminho todo da sua
vida.

Com a cabeça baixa, o pescoço ficando vermelho
quero que o dia acabe
e a sombra da noite reine para sempre no meu travesseiro rodeado de flores
com sua escuridão perfeita
que enfim esconderá minhas imperfeições mais
execráveis
dos outros.
Não há anjos ou um senhor do Mal.
Há apenas dia e noite, dia e noite
todos os dias e todas as noites
as pessoas fervem por dentro
de todas as formas.
Eu fervo de agonia e nojo.
Eu sou a escória.
Ninguém há de ferver por mim um dia.
Eu não fervo de amor ou desejo.
Eu cheiro como o final de uma guerra nuclear,
com toda sua podridão radioativa,
que chove em mim, invalidando meu ser físico
em meu cérebro tísico;
Meu jeito com as damas equivale a um genocídio de indígenas.
Sou os corpos de muitos homens jogados ao relento
Sou os loucos de droga embaixo de alguma ponte toda cagada às 3:00am.
Sou as mulheres queimadas pela Inquisição.
Sou o ego de Adolf Hitler após ganhar
uma partida de paintball contra
Eisenhower.


Nenhum comentário:

Postar um comentário