quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Do mundo e da fantasia.


Ando perdido
distante da realidade, com reflexões fantásticas
sobre o futuro, sobre a vontade do destino que parece desgostoso

Ando num mundo imaginário
atrás de uma floresta de ligações
cerebrais, rios e cachoeiras e
depressões de serotonina
neurônios como lufadas de ar
mandando mensagens auditivas para meus ouvidos
tornando as fantasias assustadoras

Ando fantasiando sobre tudo
muito mais que o recomendado pelos doutores
mundo fantástico
grandes personagens, grande protagonista ou figura pública escarrada
boêmia e festas sujas

As pessoas vem e vão, assim como o tempo
mudamos e crescemos e evoluímos e continuamos os mesmos até cumprirmos nosso papel
até lá nós continuamos fantasiando e mandando e afundando e capengando
eu sim, outros também. Espero
ou seria mais um doido na rua querendo atenção por alguns minutos enquanto riem de sua cara.

Converso com velhos bêbados e sozinhos nas ruas
e me sinto melhor do que com os outros
não sei e não quero saber o motivo
eles tem assunto, tem histórias
viveram e fantasiaram suas fantasias nas ruas
na cachaça, na loucura
já as esqueceram por completo, foram apagadas de suas memórias intoxicadas e de seus seres
agora são como cães querendo atenção
por aí
eu dou atenção
não tenho mais nada a oferecer mesmo
não costumo me arrepender
me arrependo menos do que conversando com outros, com suas realidades comuns e mesquinhas; fantasias iguais enaltecendo gostos conservadores
radicalismo de berço de ouro

e os bêbados e loucos são apenas bêbados e loucos, cumprem muito bem essa simples função
eu ainda não sei a minha, logo
não sou som em nenhuma
apenas em conversar com eles
e fantasiar como ninguém
a todo o momento agora
agorinha mesmo
enquanto procuro palavras para terminar isso
e alguém nasce e outro perde a cabeça
em algum canto do mundo e da fantasia.

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