Linha de fogo e cogumelos
nas trincheiras sufocam com o
gás amarelo
ópio de morfina, morrendo na latrina
arte de trincheira, te enfiam no baço uma baioneta
cavalo de ferro dançando, esmagando, mastiga e cospe brasas
os campos cinzentos casam com as madrugadas a ribombar
Pão embolorado e em sangue empapado
o maior dos prazeres de um soldado
latidos, gemidos, futúm, mal palavreado
fez mil homens deitados no campo
quisera deus que estivessem brincando
No chão há fotos de famílias
sorridentes, sérias, alvejadas, avermelhadas
me escondo por baixo do corpo de um charlie
rubi
rubi jorrando no meu rosto, meus olhos ardem e choro por instantes
mas a imundice me esconde
engulo o rubi, mas não vale
mais nada.
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