como as barreiras que
nos separam da
Aurora Boreal; com suas
placas reluzentes da energia magnética
nos lembrando dimensões
e vasta imensidão
do
desconhecido
de
nossas
pobres e esfomeadas
almas
que clamam com razão
pela piedade
da existência;
ou pela subjetividade e
tristeza acolhedora das noites
frias do inverno;
somos esquecidos
durante a nossa procura pelo Dharma
vivemos
inconscientemente atrás dele
nada
nunca
nada
apenas procura
e mais procura
e não há mais vazio
não há mais nirvana
ou paz interior;
não há mais
banhos
beijos quentes e
amantes fogosas
não há mais pães
quentes na padaria
nem leite na teta
bovina;
nos trazem os grandes
escritos e temos tudo para interpreta-los da melhor
forma
cagamos na forma
cagamos em tudo
tudo o que nos é dado
fugimos do que
procuramos
sem querer
o Dharma traz medo
o Dharma nos apavora
o Dharma nos apavora
assim como a Aurora
Boreal
o deixaria num transe,
ou não?
por isso continuamos
defecando e sujando mais a forma de interpretação da iluminação
inventamos algo para
disfarça-la
cobri-la
nossas duvidas e
anseios são depositados e esquecidos dentro do
divino
dentro das ilusões
nos trucidamos através
delas
criamos a arma que irá
nos destruir
e nos achamos grandes
por isso
e as
árvores
árvores
paradas como
árvores
completam a plenitude
da
Natureza
o sinônimo da
perfeição absoluta
o sentido e o motivo do
existir
o enteógeno sagrado do
universo
o
oposto
à nossa destruição
em massa
causada pelas máquinas
e ideias que criamos e
das quais
SEMPRE
seremos
os
escravos
e essa servidão será
eterna na cabeça da maioria
da nossa raça
enquanto os outros
seres vivos
e não vivos
atingem seu Dharma
atingem a Iluminação
necessária
para dar o fora
daqui.
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