domingo, 29 de julho de 2012

talvez a eterna busca pelo Dharma seja a destruição de nossos próprios rabos.


como as barreiras que nos separam da
Aurora Boreal; com suas placas reluzentes da energia magnética
nos lembrando dimensões e vasta imensidão
do
desconhecido
                    de nossas
pobres e esfomeadas
almas
que clamam com razão pela piedade
da existência;
ou pela subjetividade e tristeza acolhedora das noites
frias do inverno;

somos esquecidos durante a nossa procura pelo Dharma
vivemos inconscientemente atrás dele
nada
nunca
nada
apenas procura
e mais procura
e não há mais vazio
não há mais nirvana
ou paz interior;
não há mais
banhos
beijos quentes e amantes fogosas
não há mais pães quentes na padaria
nem leite na teta bovina;

nos trazem os grandes escritos e temos tudo para interpreta-los da melhor
forma

                                          cagamos na forma
cagamos em tudo
tudo o que nos é dado
fugimos do que procuramos
sem querer
o Dharma traz medo
o Dharma nos apavora
assim como a Aurora Boreal
o deixaria num transe, ou não?

por isso continuamos defecando e sujando mais a forma de interpretação da iluminação
inventamos algo para disfarça-la
cobri-la
nossas duvidas e anseios são depositados e esquecidos dentro do
divino
dentro das ilusões
nos trucidamos através delas
criamos a arma que irá nos destruir

e nos achamos grandes por isso
e as
árvores
              paradas como
árvores
completam a plenitude da
Natureza

o sinônimo da perfeição absoluta
o sentido e o motivo do existir
o enteógeno sagrado do universo
o
oposto
à nossa destruição em massa
causada pelas máquinas e ideias que criamos e
das quais
                              SEMPRE
                               seremos
                                   os
                              escravos
e essa servidão será eterna na cabeça da maioria
da nossa raça
enquanto os outros seres vivos
e não vivos
atingem seu Dharma
atingem a Iluminação necessária

                               para dar o fora
daqui.

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